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Matheus Fabro

Um olhar sobre os ribeirinhos do Alto Sertão Sergipano


Imagem: Wikipédia


Sem dúvidas, um dos maiores patrimônios do nosso Brasil é o Rio São Francisco. Ele percorre aproximadamente 2.700 Km, desde a serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, Minas Gerais, até a foz, encontrando o oceano Atlântico entre os estados de Alagoas e Sergipe. Em seu trajeto, o Rio São Francisco atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.


No Alto Sertão Sergipano, por exemplo, o Rio São Francisco banha os municípios de Gararu, Porto da Folha, Poço Redondo e Canindé de São Francisco, sendo uma das principais fontes de rendas para os ribeirinhos, que percorre por uma aldeia indígena representada pelo povo Xokó, comunidades remanescentes quilombolas e pescadores.


Contudo, essa população é afetada com projetos de obras de infraestrutura no vale do São Francisco. Um exemplo disso foi a instalação e operação de uma das nove usinas hidrelétricas, a UHE-Xingó no município de Canindé de São Francisco, no ano de 1994.


Após a construção da Usina Hidrelétrica de Xingó e a exploração do turismo local, os ribeirinhos têm sido afetados diretamente e em muitas situações nem são ouvidos. No ano de 2019, por exemplo, centenas de pessoas pertencentes a comunidades tradicionais dos Estados de Sergipe e da Bahia se reuniram no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE) e denunciaram o derramamento de óleo no litoral solicitando providências as autoridades presentes no evento.


Além disso, outro problema constante é o aumento da vazão da Usina Hidrelétrica de Xingó. No início deste ano de 2023, por exemplo, subiu de 1.500 para 4.000 m³/s, de acordo com levantamento da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Esse aumento de vazão é realizado sem um planejamento com as comunidades, que em muitas das vezes são pegas de surpresas e acompanhadas pela Defesa Civil do Estado.


Por fim, o Poder Público deveria ter uma atenção especial a essas comunidades, já que sempre permaneceram em seus locais de origem, sendo apenas afetadas pelo desenvolvimento.


Produzido por Jose Damião Feitosa Lima.


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Este site foi criado em 2017 pelo curso de Bacharelado em Jornalismo do Centro Universitário Internacional.

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