Autor: Kevin Wilian - Especial para a CNU
Dirigido por Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, “Toda noite estarei lá” acompanha a história de uma cabeleira transexual e sua luta por igualdade de direitos. O filme acompanha a batalha judicial de Mel Rosário e faz um apelo à reflexão sobre a discriminação na busca por um futuro mais justo e um mundo menos intolerante. A produção levanta questões de extrema importância sobre a necessidade de se combater a discriminação, destacando luta por direitos da comunidade LGBTQIA+, que ainda são negados em diversos lugares.
O filme inicia com ela impedida de frequentar a igreja do seu bairro, porém Mel é uma mulher determinada e de muita fé e não desiste da vontade de retornar ao culto. Todas as noites, ela vai até o local com um cartaz em mãos trazendo uma mensagem diferente, na expectativa de poder voltar a frequentar a igreja. Uma passagem de tempo é iniciada em 2017, quando o governo do Brasil passava por uma enorme crise após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a polaridade política vivida entre direita e esquerda. O filme avança para o período de instabilidade mundial com o início da pandemia em 2020 e a insegurança do que poderia acontecer.
O documentário tinha o objetivo de criar um diálogo aberto e honesto sobre questões de identidade, igualdade e liberdade religiosa. Para isso, foi fundamental que a história não falasse apenas de Mel, mas também fosse construída uma narrativa maior em torno dela. É por meio do olhar e do posicionamento da figura central do documentário que as realizadoras esperam promover diálogos e inspirar mudanças sociais.
A atriz principal e as diretoras foram premiadas pelo Olhar de Cinema nas categorias de Melhor Atuação e Melhor Direção, respectivamente. A premiação
completa pode ser conferida neste link.
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