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Maria Luiza Nogueira

Projeto Apura Verdade completa três anos de combate à desinformação



A cada 10 brasileiros, quatro recebem fake news diariamente pelo celular. Foi o que mostrou a pesquisa realizada pelo Poynter Institute, da Flórida, nos Estados Unidos. O jornalismo luta todos os dias contra a desinformação, buscando informar o público de modo objetivo e factual, o que dá sentido à atividade jornalística. Há três anos o projeto de pesquisa Apura Verdade investiga as práticas de combate à desinformação, com o apoio de alunos, pesquisadores e jornalistas.


O projeto faz parte do grupo de pesquisa Novas Práticas em Jornalismo: Inovações no Ensino para o Combate à Desinformação, sob orientação das professoras Karine Vieira e Mônica Fort. A iniciativa é uma parceria entre a Uninter e a Universidade Tuiuti do Paraná e conta com um podcast de entrevistas com especialistas no assunto que atuam no enfretamento à desinformação. São apresentados estudos e trabalhos nas áreas de fact-checking (checagem de fatos), literacia midiática e dados.


No último episódio do programa, a jornalista Clara Becker foi entrevistada sobre sua experiência como cofundadora da Redes Cordiais e de sua atuação na Lupa, primeira agência de fact-checking brasileira. “A gente estuda o que tem sido feito pelas agências de fact-checking, pelas experiências e pesquisas da área”, explica Mônica, docente de ambas as instituições de ensino.


Os temas são variados, abordando gênero, raça, legislação de regulação de plataformas e ciência política. O podcast é desenvolvido pelas professoras e os orientandos de iniciação científica, que podem ter a experiência da prática jornalística na produção e execução de entrevistas. Os episódios são veiculados em diferentes plataformas, como YouTube, Spotify, Radio Public, Google Podcasts e Amazon Music. A exposição nessas plataformas contribui para a divulgação científica dos trabalhos que estão sendo realizados.


O formato é pensado para que todos os participantes do grupo possam participar e contribuir com as entrevistas. Egresso de Jornalismo da Uninter, Paulo Pêssoa conta que o projeto lhe despertou a vontade de fazer mestrado na área. “Tive a oportunidade de conversar com grandes profissionais que diariamente estão na luta contra a desinformação e, dessas conversas, surgiram propostas de técnicas e pesquisas para contribuir com a defesa do jornalismo”, declara.


Paulo também explica que o interesse no combate à desinformação surgiu em seu TCC e seguiu nessa mesma temática para o mestrado. “Algumas questões levantadas no TCC me chamaram a atenção, e foi através delas que decidi continuar nessa linha de pesquisa”. Em seu mestrado, Paulo está analisando quais são os critérios jornalísticos para a seleção de fontes nas checagens das agências de fact-checking. “Algumas vezes, o sujeito da desinformação, que vai impulsionar o compartilhamento de uma fake news, vai usar fontes oficiais, primárias, especializadas e científicas”, diz.


Talita Lopes, bolsista do Apura Verdade e aluna do curso de Jornalismo, conta que é realizada uma checagem de veículos jornalísticos no grupo de educação midiática. “Estamos realizando um mapeamento de todos os veículos cadastrados na Ajor (Associação de Jornalismo Digital) e ANJ (Associação Nacional de Jornais) para identificar quais deles possuem iniciativa de educação midiática”, diz.


Além dos projetos de pesquisa e do podcast, as redes sociais do Apura Verdade apresentam propostas de leitura sobre combate à desinformação e literacia midiática, ampliando as discussões sobre o tema. O foco é mostrar para o público conversas que trazem informações sobre as iniciativas e propostas contra a desinformação e os estudos de instabilidades sociais a partir da propagação de notícias falsas.


Conheça mais do projeto e ouça os episódios neste link.

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