Crescimento de empregos em assessorias, contrato como pessoa jurídica e em novas iniciativas digitais na área do jornalismo são tendências para o trabalho na área. Estas são estimativas apontadas pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina Samuel Lima, que coordena uma extensa pesquisa sobre o perfil profissional dos jornalistas brasileiros.
Segundo ele, esta nova realidade está ligada a uma conjuntura política e econômica e também ao avanço tecnológico. "Houve uma mudança radical em termos da oferta de emprego em jornalismo em função da crise geral que se estabeleceu. A crise do mercado jornalístico está dentro deste contexto do chamado jornalismo pós-industrial, com advento da internet, com redução de receitas publicitárias", ressalta Lima.
O professor é um dos coordenadores da pesquisa do Perfil do Jornalista Brasileiro que será realizada este ano em sua segunda edição. A primeira ocorreu em 2012, gerando o maior e mais detalhado relatório a respeito dos jornalistas do país.
A pesquisa deste ano busca mapear também os jornalistas que atuam em empresas novas. "Temos muitas organizações empresariais sem fins de lucro que estão empregando nossos egressos dos cursos superiores de jornalismo", destaca. Ainda assim, segundo ele, há ausência de iniciativas, sobretudo em cidades do interior, onde faltam veículos locais.
As declarações de Lima foram dadas em um bate-papo realizado ontem (10), na primeira edição do ano do programa Literacia da Mídia. A conversa com os professores de jornalismo Guilherme Carvalho e Alexsandro Teixeira foi transmitida ao vivo.
Sobre o Literacia da Mídia
O Literacia da Mídia é produzido pelo curso de Jornalismo da Uninter e a Central de Notícias Uninter. A exibição ocorre quinzenalmente, nas quartas-feiras, às 18 horas, no canal do Youtube do curso, no Facebook da Rádio Uninter e na Rede da TV Profissão.
Crédito da imagem: Printscreen do vídeo
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