O jornalista tem um papel fundamental nas democracias do mundo. Com o dever de narrar os fatos que são considerados de interesse público, reproduzem episódios que são fundamentais para que as pessoas construam suas visões de mundo, mas nos últimos anos enfrentam desafios que implicam em seu trabalho diariamente.
A professora de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul, Patrícia Schuster, escolheu a profissão por acreditar que esta é uma das principais ferramentas de transformação social.
Patrícia Schuster, professora de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul.
Doutora em Comunicação Midiática pela Universidade Federal de Santa Maria, Schuster destaca os desafios de um profissional na área. “Existe uma desvalorização deste trabalhador que é própria do sistema capitalista. Com o avanço da tecnologia a sobrecarga de trabalho aumentou, e o processo de precarização se instaurou de forma bastante aguda”, pontuou.
Para Patrícia, as mudanças tecnológicas causaram efeitos negativos no Jornalismo. E ainda ressalta, que a tecnologia ampliou a carga de trabalho de um só profissional, e o acomodou. “Se antes havia um fotógrafo para acompanhar o repórter em uma pauta, hoje essa tarefa é acumulada pela mesma pessoa que precisa produzir, apurar, redigir, revisar e editar, com isso, vários postos de trabalho fecharam. A tecnologia também acomodou o profissional. Um repórter era obrigado a estar presente para fechar uma matéria, hoje muitos se contentam com uma mensagem de Whatsapp, como possibilidade de entrevista”, destacou a jornalista.
O estudante de Jornalismo, Nícolas Vinícius da Silva, escolheu a área por gostar de leitura, ter facilidade com textos e sempre ter muito interesse em consumir informação jornalística, seja em TV, rádio ou jornal.
Nícolas Vinícius da Silva, estudante de Jornalismo.
O jovem atua como repórter do Grupo Arauto de Comunicação, em Santa Cruz do Sul. Segundo ele, uma das maiores dificuldades que enfrenta na profissão é a a desinformação e a necessidade de entregar cada vez mais, com menos recursos. “Hoje as pessoas têm acesso muito fácil a qualquer tipo de informação através dos smartphones, sendo assim, fica difícil filtrar o conteúdo sério e responsável do que não é”, disse.
Para Nícolas, o jornalismo é uma atividade essencial para a comunidade, pois funciona como voz ativa das demandas do povo. “O jornalista tem o poder de denunciar algo que o cidadão geralmente não consegue sozinho. É um elo entre a comunidade e o poder público”, finalizou o estudante.
תגובות