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Carla Taissa Laureano

O rio Negro pede socorro



Lixo acumulado nas margens, mata ciliar derrubada para construção de casas e ruas, proliferação de animais como ratos e baratas, entre outras situações. Esse é, infelizmente, um cenário recorrente em nossas cidades. É um problema ainda mais sério em municípios que dependem dos rios para sua sobrevivência e abastecimento, como ocorre em Rio Negro, interior do Paraná. O rio, que antes era navegável e trazia a riqueza econômica da erva-mate e dos tropeiros, hoje está, além de poluído, assoreado e luta para sobreviver.


O que se vê ao longo de suas margens é o acúmulo e depósito de todo tipo de lixo (garrafas pet, sacos e embalagens, descarte de móveis usados, etc). Assim como sua mata ciliar é constantemente ameaçada pela expansão da mancha urbana da cidade e suas construções. Só nos últimos anos, em diversas ações promovidas pelo poder público e empresas para a limpeza de suas águas, foram retiradas toneladas de lixo do rio Negro. Recentemente, a iniciativa de alguns moradores com o grupo voluntário “Ecobarreira Riomafra”, tenta-se reverter esse quadro, promovendo a limpeza semanal de alguns pontos do rio. Nas ações do grupo, que tem um ano de formação, já foram retirados mais de 200 toneladas de lixo.


Os moradores precisam repensar sua relação com rio e entender como fazer o descarte correto de seus detritos. Não apenas para devolver ao rio Negro sua vida e qualidade das águas, mas para manter a saúde pública da população. Afinal, o lixo incentiva a proliferação de ratos, baratas e mosquitos, que trazem diversas doenças. E o que fazer? Não só trabalhar com frente de ações voluntárias, mas com a conscientização urgente da população local e das novas gerações da importância da preservação ambiental. O progresso e o desenvolvimento podem sim ser aliados da natureza. E isso precisa ocorrer logo. O rio Negro pede socorro!


Imagem: Pixabay

Edição: Paulo Pessôa Neto


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