A introdução de novas tecnologias e a crescente da Internet no mundo aumentaram o acesso e a quantidade de informações que a população pode consumir. Mas até que ponto esse contato frequente prejudica o desenvolvimento de uma pessoa como leitor?
Por um lado, enquanto o mundo da informação ampliou nossa capacidade de realizar múltiplas tarefas simultaneamente, por outro lado, tornou o consumo de informações mais superficial. O resultado aparece, por exemplo, na dificuldade em entender textos e ideias mais complexas.
Há um equilíbrio pelo qual lutar - entre a velocidade de acesso à informação e a nossa capacidade de processá-la. A leitura aparece como aliada perfeita para equilibrar o foco.
No Brasil, o hábito de ler ganhou força nos últimos anos, com 52% da população de leitores, segundo dados do IBGE. No entanto, quem presta atenção percebe o quanto somos viciados em redes sociais e como desperdiçamos nosso tempo livre. O TikTok, YouTube, Instagram e Facebook são os principais influenciadores da “leitura” levando uma parcela da população achar que ler um post é suficiente.
Ler é um hábito importantíssimo para a nossa educação, desenvolve o pensamento crítico e a sensibilidade, associados a uma maior qualidade da saúde mental. A leitura serve como um processo de "treinamento" para o cérebro humano, pois envolve imaginação, reflexão e aprendizado, e quem sabe nos conecta a nós mesmos, distanciando do perigo e da imersão delirante no mundo virtual em que vivemos.
Também é importante avaliar os aspectos positivos da quantidade de informações disponíveis nos dias atuais. A história está repleta de exemplos de desenvolvimentos de mídia que abriram novas formas no mundo da leitura, no modo de ouvir e ver as obras produzidas. E esse mundo "conectado", está cada vez mais verdadeiramente em nossas mãos e depende de nós sabermos atrelar velhos hábitos aos novos.
Texto produzido por Giany Costa.
Imagem: Pexels
Commentaires