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Matheus Fabro

O domínio do futebol brasileiro na América do Sul


Foto: Getty Images


Desde sua criação em 1960, a Copa Libertadores, considerada a principal competição de futebol da América Latina, os clubes argentinos foram predominantemente nas conquistas no torneio. Venceram 25 vezes, enquanto clubes brasileiros levantaram a taça 22 vezes. Equipes de outros países venceram a competição 16 vezes.


Mas, desde 2017, esse domínio tem se ampliado, devido a uma mudança na competição, que aumentou o número de clubes participantes e as vagas para cada país. Os times brasileiros foram os principais beneficiados, pois a Libertadores nos últimos anos se transformou em uma segunda edição da Copa do Brasil, com as três últimas finais sendo disputadas entre equipes brasileiras.


Os brasileiros também bateram o recorde de clubes de um mesmo país nas quartas de final, com cinco times e na semifinal, com três, nas edições de 2021 e 2022. Se essa atual situação se mantiver nos próximos anos, ficará marcada como a Era Brasileira na Libertadores.


Esse predomínio técnico, se deve principalmente a fatores econômicos e é, também, resultado de projetos de reestruturação pelos quais diversos clubes brasileiros passaram. Além disso, outros processos que têm o intuito de auxiliar na evolução do esporte no país estão em curso e tendem a aumentar ainda mais essa disparidade financeira em relação às outras equipes do continente. Como a aprovação da Lei da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), que estimula os clubes de futebol a se tornarem empresas. E o processo de criação de uma liga de futebol nacional, que pretende trazer mais valor e visibilidade ao principal campeonato do país.


A hegemonia dos brasileiros é muito prejudicial à competição e principalmente ao futebol do restante do continente e cabe a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) propor alternativas para esse problema. Usar um critério diferente para preenchimento de vagas conforme um ranking de eficiência das ligas nacionais, de forma semelhante ao modelo adotado pela União das Federações Europeias de Futebol (UEFA) na Liga dos Campeões, o que poderia ser uma forma de evitar muitos times do mesmo país.


Produzido por Leandro Bianco.

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