Autor: Juliano Rodrigo Moreira - especial para a Mediação/CNU
Em uma noite fria, típica do clima curitibano, o público chegou aos poucos, ocupando os espaços da sala do Cineplex Batel para conhecer a história de uma mulher que quebrou barreiras por meio da arte circense. Jornalistas e críticos credenciados se reuniram no dia 15 de junho para a exibição do documentário “Neirud”, um dos concorrentes da mostra competitiva brasileira do festival Olhar de Cinema.
O longa-metragem é o primeiro dirigido por Fernanda Faya, nascida e criada em São Paulo, cineasta e diretora de fotografia. O filme conta a história da tia Neirud, que traz uma história de vida incomum, assim como seu nome. Mulher negra e forte, encontrou seu espaço no circo, como lutadora. Nas exibições de luta livre, transgredia os limites femininos, impostos pela sociedade.
A trupe de luta livre circense, que tinha Neirud como estrela principal, também contava com a participação da avó de Fernanda. No entanto, a proximidade da protagonista com a família da diretora do longa não tornou a produção menos desafiadora, já que eram poucas as informações disponíveis sobre a personagem. Isso levou a um olhar descortinante e investigativo, que torna o documentário mais fascinante. À medida em que as peças vão se encaixando e outros personagens vão surgindo, a vida itinerante do circo mostra as dificuldades vivenciadas e as barreiras quebradas por Neirud.
A estudante Leticia Bueno chegou ao cinema sem saber o roteiro do documentário, mas saiu com uma visão bastante positiva do longa, motivada a “pesquisar sobre as obras da diretora e tudo que envolve as artes que ela produz”.
Para o funcionário público Ricardo Alves, o que se destacou durante a exibição foi a própria trajetória da diretora do longa. “A família da Fernanda tem toda veia artística, desde a avó dela, o pai e a própria diretora”.
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