O ano de 2021 deve fazer avançar ainda mais o EaD (Ensino a distância) no Brasil. A modalidade foi impulsionada no último ano devido à pandemia que exigiu a popularização do ensino remoto. O que antes parecia impossível para muitos, hoje em dia se tornou uma alternativa, pois os valores estão mais acessíveis e o ensino consegue se manter com a qualidade do presencial.
A conclusão da quinta fase do estudo “Coronavírus e Ensino Superior: o que pensam os alunos”, mostrou que os interessados em ingressar numa faculdade não querem mais adiar o sonho. A expectativa é que muitos optem pelo EaD no primeiro semestre de 2021.
O estudo foi realizado pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insight, e divulgada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). A pesquisa contou com a participação de 1.012 pessoas, entre 17 e 50 anos, que possuem interesse em cursar uma graduação presencial ou EaD em instituições particulares nos próximos 18 meses.
Jackson Galvão, de 24 anos, que está iniciando sua primeira graduação na modalidade semipresencial. Para ele, apesar da pandemia atrapalhar, as aulas remotas podem ser eficazes, assim como as presenciais. “Acredito que a pandemia tenha atrapalhado um pouco, mas penso que seja um momento de inovação, onde as aulas remotas podem ser eficazes assim como as aulas presenciais”, conta o calouro. Ele ainda contou dos motivos para iniciar a graduação em meio à pandemia. “O mercado de trabalho está se estreitando cada vez mais com relação a pessoas que não possuem graduação ou cursos. Vendo essa necessidade decidi iniciar a graduação”, finaliza.
Para o reitor do Centro Universitário Internacional Uninter, Benhur Gaio, mesmo com a pandemia, as matrículas de novos amigos estão dentro do esperado. "As matrículas estão ocorrendo dentro do previsto, considerando que pesquisas demonstram haver a forte postergação de início de curso por um grande número de interessados em iniciar um curso superior. A postergação está definida por eles para o segundo semestre de 2021", explica Gaio.
Crescimento do EaD
No Censo da educação superior do Brasil de 2019, divulgado em outubro do ano passado, o número de alunos matriculados em cursos a distância foi superior ao de matriculados no ensino presencial pela primeira vez. Os dados de 2020 ainda não foram publicados, mas a depender da tendência, deve haver um distanciamento significativo já entre as modalidades.
Profissionais também aproveitam para realizar sonhos, como é o caso de William Ferreira, formado em direito e que está iniciando jornalismo na modalidade EaD (Ensino a distância). “É minha segunda e tardia graduação. Um sonho antigo e meta desde uns 5 anos atrás”, explica. Ferreira ainda conta o motivo de iniciar a faculdade agora na pandemia e as dificuldades da modalidade escolhida. “Valendo-me do isolamento social imposto para buscar novos conhecimentos, além de ter sido recomendada por amigo acadêmico, busco na Uninter melhor qualificação profissional. Mas precisarei de tempo para me adaptar ao modelo EaD”, finaliza o aluno.
O reitor da Uninter vê um movimento forte de reorganização das instituições de ensino superior. "O principal motivo sempre será a definição de que a vida não pode parar. E as instituições de ensino estão se preparando cada vê mais para atender aos anseios de quem precisa fazer um curso superior", finaliza.
Crédito: Pixabay
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