O oitavo episódio do projeto Apura Verdade tem como entrevistado o editor-chefe do Projeto Comprova, Sérgio Lüdtke, e está nas redes a partir desta quinta-feira (02).
O editor aborda os motivos que contribuem para um cenário de desinformação. Entre eles, citou o ambiente partidarizado, crescimento dos aplicativos de mensagens, a falta de educação midiática para o uso das redes e o custo baixo para produzir. “A produção da desinformação é muito barata, ainda que sofisticada, é muito barata. As pessoas estão vivendo em um ambiente para o qual não tiveram muito preparo, então a educação midiática é importante''.
Para Sérgio, entender como o sistema funciona e suas características ajuda a entender o porquê da desinformação ser atrativa. ‘’A desinformação normalmente é muito mais atrativa, ela usa narrativas mais atrativas que o jornalismo que fica limitado pela verdade, pelos fatos, pelos dados. Enquanto para se construir uma peça de desinformação, um conteúdo que possa enganar, desde que tenha alguma verossimilhança, apenas a criatividade das pessoas em criar isso consegue fazer’’, diz o Jornalista.
Para o combate, ele destaca que não há somente um fator que pode ser utilizado. ''A desinformação não é um processo simples de resolver. Ela precisa ser atacada por todos os lados. Acho que as soluções são múltiplas e elas precisam ser adotadas todas’’.
Além disso, ele conta sobre carreira, que começou como editor de livros, a desinformação como estratégia de poder e a importância do Jornalismo em sua vida.
O projeto
O programa Apura Verdade é um projeto do grupo pesquisa 'Novas Práticas em Jornalismo: Inovações no Ensino para o Combate à Desinformação'. Orientado pelas professoras Karine Vieira e Monica Fort, ele traz entrevistas com jornalistas e pesquisadores que trabalham no enfrentamento da desinformação. A finalidade é falar sobre as práticas desenvolvidas nesse processo e entender o contexto do atual trabalho jornalístico.
As edições
O programa está disponível no YouTube, Spotify e você também pode acompanhar pelas redes sociais, no Facebook, Instagram e Twitter.
Crédito da foto: print da transmissão
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