Atuação do jornalista profissional envolve ética e luta por justiça social
- Kauã de Freitas
- há 4 dias
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“Todo jornalista, todo estudante e todo professor precisa comprar a briga pela volta pela obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão”. Esse foi o destaque feito pelo coordenador do curso de Jornalismo da Uninter, Guilherme Carvalho, durante o evento de comemoração do Dia do Jornalista promovido pelo curso no dia 7 de abril, que reforçou a relevância da profissão para a sociedade.

Para falar sobre o papel social do jornalista em tempos de desinformação e IA, o convidado foi Guilherme Rivarolli. Egresso da primeira turma do curso na Uninter, ele acumula uma longa experiência no mercado de trabalho, com destaque para atuação como apresentador de telejornal.

RIvaroli entende o jornalista, essencialmente, como um contador de história, com o poder de transmitir sentimentos, mas também de contribuir na busca por direitos da população em geral.
“O jornalista precisa lutar por justiça social”, defendeu Rivaroli. Para isso, além do conhecimento técnico, ele reforçou a importância de “sujar os sapatos”, em alusão à necessidade de um trabalho completo de apuração dos fatos.
“O caráter, a ética e a moral são nossa base”, reforçou, destacando que esse é um aprendizado que todos os jornalistas devem levar para a sua vida.
Para ser um bom profissional, também é preciso questionar constantemente o status estabelecido, para conseguir enxergar as injustiças na sociedade. “O jornalista é um eterno indignado. Se eu estou conformado, eu continuo fazendo do mesmo jeito. A gente precisa ser indignado, questionador, curioso, buscar conhecimento”, pontuou.
A responsabilidade profissional ganha ainda mais relevância no cenário de rápidas transformações sociais permeadas pelas tecnologias e, especialmente, nos meios de comunicação.
Entre os temas que se destacam está o uso da Inteligência Artificial e a sua aplicabilidade no Jornalismo. Rivaroli pontuou que essa deve ser usada como ferramenta para auxiliar a produção, não para substituir o trabalho do jornalista, afinal, a IA não possui a mesma capacidade de checagem nem a mesma ética de um jornalista profissional.
A desinformação é outro tema que desafia o exercício do Jornalismo atualmente. Na visão de Rivaroli, não basta apenas identificar que uma notícia é falsa. Para ele, muitas pessoas repassam conteúdo falso intencionalmente, para reforçar suas crenças ou posicionamento ideológico. Esses desafios apenas reforçam a necessidade do exercício do Jornalismo de forma ética e comprometida com a verdade.

“Sejam os guardiões da informação”, foi o recado deixado aos novos jornalistas. “Vocês precisam pegar a informação, transformar em notícia e fazer de tudo para a sociedade ser melhor”, finalizou.
O evento foi realizado no auditório da sede do Garcez, em Curitiba, com transmissão ao vivo pelo Youtube do curso de Jornalismo da Uninter. A mediação foi feita pelo professor Alexsandro Teixeira Ribeiro.
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