O começo de 2019 foi marcado por polêmicas nas federações argentina e colombiana de futebol. Tudo partiu da futebolista Macarena Sánchez Jeanney, a jogadora foi pivô de um grande salto do futebol feminino argentino e faísca para uma luta de igualdade também na Colômbia. Mais conhecida como “Maca”, a atleta nascida em Santa Fé na Argentina, abriu no mês de fevereiro um processo contra o seu ex-clube UAI Urquiza-ARG e a AFA (Asociación del Fútbol Argentino) alegando péssimas condições e falta de profissionalização da modalidade feminina no país.
Em março, as jogadoras colombianas Isabella Echeverri e Melissa Ortiz se voltaram contra a FCF (Federación Colombiana de Fútbol) e criaram o movimento #MenosMiedoMasFutbol com alegações parecidas com a de Sánchez.
Ainda que não caminhe a passos largos e que discrepância em relação ao masculino seja evidente, o futebol feminino mostra principalmente na Europa uma evolução. A profissionalização e os grandes públicos em jogos femininos são alguns fatores que demonstram a crescente do esporte no continente. Na América do Sul, a situação é de muito descaso. Apenas no mês seguinte após o posicionamento de Macarena Sánchez, o futebol feminino foi profissionalizado na Argentina.
O tamanho desprezo para com o futebol feminino é um imenso reflexo de uma sociedade patriarcal e machista. Ainda que ignorados, existem fatores que podem contribuir para a eliminação dessa cultura que está enraizada. Instigar, apoiar, ouvir e reeducar. Em um mundo ideal não seria preciso lutar por condições básicas como uniformes para jogar e salários dignos. Fato é que para caminhar precisamos de muitas Macarenas, Isabellas e Melissas. A luta pela igualdade continua.