Foto: Peru's Fire Department/AFP
As 2h40 da manhã do domingo (26), Tereza levanta de sua cama assustada como que acordando de um pesadelo. O problema é que o pesadelo estava apenas começando. A terra estava tremendo em Yurimaguas, pequena cidade do Peru, banhada pelos rios Huallaga e Paranapura.
Quando a luz se apagou, abraçou seu filho Carlos e entoou a primeira oração que lhe veio na cabeça, não sabia mais o que fazer. Ao olhar para fora viu o prédio vizinho desabar e suou frio, janela afora só era possível ouvir gritos de socorro, e o ranger das construções. Tereza que tinha aproximadamente 28 anos pegou seu filho e desceu as escadas do prédio em meio a outras famílias que ali moravam, nos corredores apertados, haviam corações aflitos.
Naquela noite a mulher e seu filho passaram em uma praça próxima de casa, foi uma das piores noites de suas vidas. A cidade só conseguiu ter dimensão dos estragos depois que amanheceu.
Quando Tereza fez contato com a família recebeu a notícia que o terremoto tinha deixado pelo menos um morto na região. e 5 feridos. Cada abraço forte de Carlos, seu filho, a lembrava do quanto estava grata pela vida.
Quando o presidente do Perú Martín Vizcarra chegou a Yurimaguas pode avaliar a destruição e tentou acalmar aquela comunidade assolada. O primeiro impacto do tremor já havia passado mas Tereza continuou em orações. Pelos vizinhos, feridos, pelo filho e pela esperança de que catástrofes deste tipo não viessem mais á acontecer.