O Brasil é um país miscigenado, local em que vivem pessoas com raízes vindas do mundo todo. O Sul e Sudeste predominantemente com influência europeia. O Norte e Nordeste em sua demasia têm influência africana. Segundo dados do IBGE de 2017, os negros são a maioria no Nordeste com 9,9%. Os brancos têm o maior percentual na região Sul, com 76,8%. Existe grande disparidade social nestas regiões.
Contudo, o problema não está somente neste quesito, a questão a ser avaliada é a não valorização da cultura afro. Devemos muito a esta cultura, em nossa nação ela é muito representativa. Alguns elementos são valorizados mas outros não. Como é o caso de Joana Batista Ramos, uma mulher negra, possível filha de escravos, que foi a compositora da marchinha de carnaval mais famosa de Pernambuco, a marchinha número 1 do Vassourinhas. Mas pouco se sabe sobre ela. O que se tem são poucas informações em noticias publicadas em jornais do início do século XX.
O que comprova a existência de Joana é o recibo da venda da marchinha. Joana compôs esta música e teria vendido os direitos autorais. Qual seria o motivo para não reconhecer a esta mulher e o seu feito importante para nossa cultura?
Analisando a história do país, percebe-se uma valorização das raízes europeias. Porém, isso não ocorre com a raiz afro, sendo Zumbi dos Palmares um dos únicos heróis negros conhecido por nós. Somente em 2008 tornou-se obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira.
Foto: Retrato de Joana Batista Ramos (Fonte Folha de São Paulo)