Moradores de uma vida destituída da tal sorte, perpassam de uma vida desgraçada, levam o dia caminhando, comendo as sobras que os outros deixam. É um obstáculo caminhar por quilômetros e enfrentar a vida vulnerável e suplicar tanto para, no final do dia, conseguir um pedaço de comida que iria para lixo. Quem são os responsáveis disso? Lógico, estão ilustrados nos quadros patriotas, passam sem olhar a realidade do povo... pouco interessa olhar para a desgraça. Os olhos estão voltados para a esbelta cidade, limpa, florida e arborizada. A propósito, quanto mais flores, melhor é! Isso é o que esconde o verdadeiro horror.
Curitiba, cidade modelo, embioca pelas esquinas pessoas enfiadas em qualquer buraco ou caixas de papelão.
Um cenário que já se incorporou às metrópoles. Essas pessoas tentam sobreviver o caos da rotina, lembram ratos, mas são moradores de rua: sem um lugar fixo. O Brasil possui hoje mais de 400 mil moradores em situação de rua, um número despercebido por muitas pessoas, reflexo de um país em dificuldades. Em Curitiba são mais de 2.500 moradores de rua, segundo a prefeitura. Como de costume, lá está João Romário, aos gritos pelas calçadas, implorando por um mísero centavo.
Não dá para entender os motivos de um país continental, grandioso e tão rico como os nosso, com tanta pobreza por aí. Há milhões de pessoas passando fome e escuta todos os dias no noticiário que não há verbas suficientes para sanar tanta pobreza e garantir um teto. Então, qual será o futuro dessa nação? A resposta talvez esteja no tempo das próximas gerações...