"As pessoas precisam de informação com credibilidade. Quem vai fazer esse papel se não o jornalista", argumenta o apresentador Marcos de Patto ao ser questionado sobre o futuro do jornalismo. O jovem paulistano de 36 anos, graduado em jornalismo pelo Centro Universitário FIEO, conversou com o portal Mediação sobre sua carreira e impressões sobre o futuro do jornalismo.
Atualmente apresentador e repórter da rede Mundial, possui mais de dez anos na área de comunicação tendo atuado em rádio, impresso e telejornalismo. Já passou por RPC, RIC e Rede Massa.
Patto é o quinto entrevistado da série "Fala Jornalista" publicada quinzenalmente no portal Mediação, sempre com a opinião, dicas e "desabafos" de grandes nomes do jornalismo. Já passaram pelo portal os jornalistas Daiane Andrade, Rogério Galindo, Marcus Reis e Amanda Audi.
(Foto: Arquivo pessoal)
"É uma profissão que me chamava atenção desde criança, quando assistia noticiários esportivos para ficar informado sobre meu time de futebol"
Ivone Souza: Por que o jornalismo? Marcos de Patto: É uma profissão que me chamava atenção desde criança, quando assistia noticiários esportivos para ficar informado sobre meu time de futebol. Lembro-me também da importância que meu pai dava ao Jornal Nacional naquela mesma época. Nada de barulho enquanto o noticiário global estava no ar, ou ele chamava nossa atenção. A confirmação pela escolha da profissão veio quando tirei a melhor nota de redação do meu colégio, em uma avaliação que era feita periodicamente nas escolas Estaduais de São Paulo, pra analisar o nível de aprendizado em cada instituição. Os cumprimentos recebidos dos professores me serviram de motivação.
Antes e depois do jornalismo: como a profissão te transformou? A profissão me fez aprender a olhar a vida com novos olhos. Um olhar mais crítico, distinguido o que é relevante e o que não é pra sociedade em termos de informação. E como a informação pode contribuir para a formação de opinião.
Qual o conselho você daria ao Marcos estudante de jornalismo? Para ele procurar um estágio na área, ainda que trabalhando em uma grande empresa de outra área.
"Apesar de toda tecnologia, um bloco de notas e uma caneta são imprescindíveis!
Qual o desafio das faculdades de jornalismo hoje? Oferecer um curso atrativo para a formação em uma profissão em que não se exige mais diploma ou registro profissional em muitos veículos.
O melhor da profissão: A possibilidade de aprender constantemente, pelo fato de trabalharmos com informações.
O pior da profissão:
A desvalorização do nosso trabalho.
Quem são os teus ídolos no jornalismo? Tino Marcos, Ricardo Boechat, Mariana Godoy, Cléber Machado.
Qual a melhor reportagem? Aquela que faz o receptor se sentir na história. Além do compromisso com a informação, deve trazer detalhes que facilitam a interpretação.
O que não pode faltar na mochila de um jornalista? Apesar de toda tecnologia, um bloco de notas e uma caneta são imprescindíveis.
O melhor amigo do jornalista é... ...o noticiário.
"Lugar de jornalista é...
aonde a notícia está!
O jornalismo vai acabar? Não creio. As pessoas precisam de informação com credibilidade. Quem vai fazer esse papel se não o jornalista.
Por que o jornalismo importa? Para informar o público com responsabilidade.
Lugar de jornalista é...aonde a notícia está.
Se não fosse jornalista seria... ...um biólogo talvez. Ou um artista, carreira em que também consegui me formar.
Um recado para os futuros jornalistas: Se você faz por amor, lute sempre pelos seus objetivos.